Infelizmente e finalmente decidi: não vou sentir mais. Que mentira a
minha, tudo questão de tempo pra tudo bater aqui na porta do coração e eu
recomeçar tudo de novo, sentir de novo e sofrer de novo. A gente nasce
dependente desse ciclo. Queria eu não me apaixonar e consequentemente não me
decepcionar, mas faz parte né?! Um dia serei tão feliz como uma criança que
corre para lá e para cá, sem precisar de um afeto, de um "amor", sem
precisar desses rótulos todo que o amor cria. Que quando cai, chora e corre para
os braços da mãe. A gente sempre cai, mas não tem mãe no mundo que console a
dor que se sente aqui dentro. Não há bala, nem pirulito, nem ao menos chupeta
que console a dor de um amor. Talvez o amor seja isso: somos tão crianças e o
outro talvez seja adulto demais, porque no final é nisso que a gente se
transforma: crianças bobas babando (não que toda criança seja assim).
Hoje decidi ser adulto e não precisar de uma mãe (o amor de alguém),
hoje decidi não sofrer por ser dependente de alguém. Hoje me tornei adulto o
bastante pra cuidar de minha própria vida. Mas, infelizmente, descobri e todo
mundo sabe que, uma criança nasce de um ventre, e até conquistar sua
dependência ele precisa desse ventre para viver. E eu sou isso, um coração que
nasceu de um ventre e dele dependerei, até que... Desordenadamente, pare de
bater.
"Alguma coisa aconteceu, do ventre nasce um novo coração. Não penso em me vingar: não sou assim. A tua insegurança era por mim. Não basta o compromisso, vale mais do coração, ninguém sabia, ninguém viu, que eu estava ao teu lado então... O que fazes por sonhar é o mundo que virá pra ti, para mim. Vamos descobrir um mundo juntos baby, quero aprender com teu pequeno grande coração, meu amor."
1° de Julho - Renato Russo
0 comentários:
Postar um comentário