segunda-feira, 17 de março de 2014

Do ventre nasce um novo coração.


Infelizmente e finalmente decidi: não vou sentir mais. Que mentira a minha, tudo questão de tempo pra tudo bater aqui na porta do coração e eu recomeçar tudo de novo, sentir de novo e sofrer de novo. A gente nasce dependente desse ciclo. Queria eu não me apaixonar e consequentemente não me decepcionar, mas faz parte né?! Um dia serei tão feliz como uma criança que corre para lá e para cá, sem precisar de um afeto, de um "amor", sem precisar desses rótulos todo que o amor cria. Que quando cai, chora e corre para os braços da mãe. A gente sempre cai, mas não tem mãe no mundo que console a dor que se sente aqui dentro. Não há bala, nem pirulito, nem ao menos chupeta que console a dor de um amor. Talvez o amor seja isso: somos tão crianças e o outro talvez seja adulto demais, porque no final é nisso que a gente se transforma: crianças bobas babando (não que toda criança seja assim). 
Hoje decidi ser adulto e não precisar de uma mãe (o amor de alguém), hoje decidi não sofrer por ser dependente de alguém. Hoje me tornei adulto o bastante pra cuidar de minha própria vida. Mas, infelizmente, descobri e todo mundo sabe que, uma criança nasce de um ventre, e até conquistar sua dependência ele precisa desse ventre para viver. E eu sou isso, um coração que nasceu de um ventre e dele dependerei, até que... Desordenadamente, pare de bater. 



"Alguma coisa aconteceu, do ventre nasce um novo coração. Não penso em me vingar: não sou assim. A tua insegurança era por mim. Não basta o compromisso, vale mais do coração, ninguém sabia, ninguém viu, que eu estava ao teu lado então... O que fazes por sonhar é o mundo que virá pra ti, para mim. Vamos descobrir um mundo juntos baby, quero aprender com teu pequeno grande coração, meu amor." 
1° de Julho - Renato Russo 

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