terça-feira, 21 de maio de 2013

Psicodélico.


Porra, seria legal começar o texto falando assim, seria legal também escrever um texto para que vocês leitores se identificassem e até compartilhassem, mas não ta sendo fácil para mim organizar os pesamentos e escrever algo assim. Escrevo até para me entender. A vida da gente é cheia de altos e baixos, e depois de passar por várias serras e montanhas gigantescas, eu sinceramente estou no mais baixo que eu poderia estar (desculpa o desabafo). Nada está sendo fácil para mim esses dias. Foi como uma explosão de sentimentos, problemas e tudo estourou de repente, assim do nada, sem eu ao menos esperar. Me vi completamente perdido sem saber o que fazer, sem ter para onde correr e ao mesmo tempo correndo de algo que eu não sabia o que era -ainda estou correndo- e nada estava me aliviando. Como vocês saudosos leitores deste blog não tem nada haver com meus problemas, evitei escrever textos toscos, e até certo ponto confuso e quem sabe até psicodélico e sem explicação. Em um desses meus dias de "mente psicodélica" escrevi algo que enquanto eu escrevia eu entendia, mas no dia seguinte não fazia a mínima ideia do que significava. Como todo dia eu escrevo algo (mas não posto, só salvo) vou lhes mostrar um desses meus pensamentos: 

"Tarde quente, pensamentos quentes, mente vermelha. Vejo o sol e me mordo, agoniado de dores internas insuportáveis, explora-las poderia me levar ao suicídio imediato. Me guardo em um leito e tento dormir, me esquecer, me guardar e quem sabe até sumir desse mundo que não me merece, que não merece ouvir o que eu tenho para dizer, que não merece minhas lágrimas de sofrimento e solidão. Oh lua, me ajuda, me guia por favor, me entenda como só você me entende nessas noites em que saio de casa completamente só, procurando uma felicidade ofuscado pela dor de viver, quem poderá ajudar este pobre corpo branco, frio? Quem poderia curar essas dor que me sufoca e me mata? Volto para casa mais sozinho do que as árvores que o vento faz dançar e o luar prata fazem brilhar. Volto para meu casulo, de lá onde a dor que sinto é entendida, de lá onde minhas asas foram arrancadas e me tiraram toda a liberdade de ser alguém. Desisti, e me sentei, me deitei, tentei me ajoelhar e clamar por socorro, mas eu mesmo não queria ver a força que eu tinha ou poderia ter. Se eu sou forte só a dor vai me dizer. Então de onde eu estava vi o brilho fosco das laminas que transpassavam a noite fria, e dessa luz fiz morava, dessa luz que me cortou e me tirou toda a dor psicológica, essa dor que me aliviou. Me tornei outro, com os mesmos problemas, mas agora com um corpo, branco, gelado, jogado, triste e solitário como sempre, mas agora com marcas vermelhas de sangue." 

Então, é forte, é triste, mas isso era o que eu sentia. Então, peço desculpa mais uma vez a vocês leitores pelo "desabafo", mas prometo que quando essa nuvem negra passar, estarei com meu amigo: o blog, para compartilhar mais coisas com vocês. 
Eu penso, nenhuma felicidade é para sempre, então nenhuma dor também. E quem sabe nessa montanha russa em que estou no momento, o carro quebre, mas quebre no ponto mais alto, e de lá não quero sair, não para sentir essa dor novamente.



 "Somos só duas almas perdidas nadando num aquário.
 Ano após ano correndo sobre este mesmo velho chão. 
O que encontramos? 
Os mesmos velhos medos. 
Queria que você estivesse aqui."

Tradução da música Clique aqui para ouvir: Wish You Were Here - Pink Floyd  

2 comentários:

blogger disse...

Muito bom o seu texto...
Sei que estou sei lá um mês atrasada rs' mas espero que esteja melhor...sei bem como são essas coisas.
Gostei muito do blog.

Matheus Milor disse...

Muito obrigado, assim que visualizar entra em contato comigo, pois amei seu blog!

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