sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Um novo rumo





E a folha acaba de cair de sua árvore e começa uma nova vida, solitária, pra criar seu rumo seu destino.
E a solidão nua e fria, vagabundando na noite em busca de um corpo, uma morada pra esquentar seu corpo e fazer companhia.
E a chuva que cai e molha e torna mais difícil a andança sem controle, entre ruas vielas, e por meio das poças de água que insistem em refletir uma tristeza profunda e gritar que cada poça dessa que está no chão tem uma lágrima solitária minha.
No meio dessas ruas onde me sinto só, e que nunca vou ter você, com seu sorriso sínico e indiferente, esperar o céu clarear e o sol  fazer evaporar essas lágrimas.
É comparar minha vida com à de uma folha, sem rumo, morrendo por não ter algo que a mantenha viva, por ter se perdido de quem a torna verde e feliz. O chão úmido só dificulta a locomoção lenta.

Sou como a folha, esperando que apenas o vento leve-me e deixe-me em outro quintal. O seu quintal.

"Escombros, laminas pratas que cortam o verde intenso da esperança contida em gestos azuis." 
Matheus Milor 

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