terça-feira, 15 de outubro de 2013

A dor de morrer...

Sinto agora uma dor tão forte que não sei dizer se é dor ou se morri. Acho que morri, pois não sei dizer se ainda estou no meu quarto. Estou escrevendo para alguém, que ainda nem sei quem, sei que alguém irá ler como se fosse minha ultima linha, colocando emfim um ponto final, não para respiração entrecortada, mas o fechar de olhos eternos. Leia o que se segue: "é dor humana pois sinto, é dor sem sangue, é bom, gosto de senti-la e te escrevo isso, palavras, apenas". O que acabei de dizer foi tão forte que agora meu nariz sangra, ouço o som das teclas macios que anunciam letras e mais letras que se seguem, agora haverá um ponto final, mas não é mesmo o ponto final. Fecho os olhos e os abro, tudo está em minha frente ainda, voltei ao passado? Não, nunca saí! Minha respiração volta ao normal. Estou bem perto do teu coração quase selvagem, mas que me faz adormecer, são quatro da tarde, quente, ensolarada. Ainda continuo sozinho a escrever, sinto uma angustia que de tão forte irei tomar um copo d'água. Voltei. E o que escrever agora? Me deu vontade de dizer que te amo, mas nem sei se amo e nem sei o que é amor, acho que é isso que faz meu coração doer, afinal nesses dias pra cá só sinto dores. Amor é dor? Se for sinto, sinto desordenadamente pular o coração, ele grita, calma, ele quer falar mais... Ele está falando, não, ele chora! Sinto dores. Voltarei ao ventre da vida, e peço para não cortarem o cordão, pois na verdade são fios, um emaranhado deles. Quem me largou aqui? Eu quero voltar! Voltar para onde? Existe o voltar? Nem sei se o que escrevo existe, morrerei daqui a cinco minutos, por isso antecipo minha despedida, não sei se haverá coisas a diante, quero que saibam que amei a vida de puro amor. amei a todos como se amar fosse a única coisa que poderia fazer, calma, a respiração está se dificultando, mas ainda tenho que agradecer, obrigado a todos, meu Deus do céu, é tão forte que meus olhos começam a embaçar, não vejo mais teclas, daqui pra frente minha escrita será mais lenta. Paro mais um pouco, vou na cozinha. Voltei. É dor, morrerei a qualquer momento, não sei quando, mas morrerei, venho dizer que da vida é tão incerta que na verdade eu não sei de nada. Desculpa a imprecisão. Sinto uma dor tão forte que nesse momento deixou de ser momento para ser fim, e o que é fim? Fim é deixar de amar, morrerei daqui a pouco sem saber se amei, ou se alguém me amou, morrerei sozinho, amo meus amigos e minha família. Minha respiração está falha... Quero deixar um conselho... Ame a vida, ame a todos, não questione o amor, pois ousei questiona-lo e ele está me matando, só ame, sem saber o que é, morri sem entender, porque não é para entender, sentir talvez. Minha despedida é árdua, estou morrendo... Queria deixar agora segredos que nunca escrevi porque pensei que haveria tempo... Mas cadê? Meus dedos flutuam agora. Estou indo embora, meu dedos se soltam leve das teclas... Acho que morri, sempre escrevi morto, porque morrer e a ousadia de passar essa vida sem viver... Estou indo, a dor é insuportável. Estou indo... Também quero dizer que




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