sexta-feira, 27 de julho de 2012
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Antes das seis
Estava aqui, nesse velho banco onde encontrava-me com ela todas as tardes de outono, olhávamos as folhas caírem e pensávamos em um futuro que até hoje não aconteceu.
O vento soprava as folhas que caíam solitárias no chão.
Eram tardes inteiras abraçados, fazendo planos e mais planos, era rotina encontrar-nos todos os dias, eram só nós dois, nós dois e mais miguem.
A gente ria feito criança, ria dela por ficar toda vermelha ao falar que á amava e era com ela que eu ia viver crescer e ter filhos.
Como de costume estava-me a lhe esperar no meu querido e velho banco, era um dia frio as árvores que eram completas de folhas hoje davam lugar a ninhos de pássaros que se abrigavam do frio, lhe esperava só, a observar que o outono dava lugar agora a uma nova estação uma estação triste, o inverno, queria lhe contar que começara a construir nossa pequena casa do jeito que ela sempre sonhou, mas ela não chegou. Voltei pra casa na esperança de que amanhã eu pudesse encontra-la outra vez e lhe dar a ótima notícia.
Entardeceu, e o dia parecia mais frio que o dia anterior. Chego ao velho ponto de encontro, o meu querido e companheiro banco, que ouvia todos os dias as nossas conversas.
Esperei até o anoitecer e nada dela voltar. Uma tristeza e uma profunda solidão começava a me acompanhar todos os dias.
Não sei o que aconteceu que ela nunca mais apareceu, nossos planos foram esquecidos como tempo que desgasta marcas digitais de abraços e mais abraços, fui tentando me acostumar, e como o tempo trás um dia ele leva portanto temos que aceitar que a vida nos ensina a ganhar como nos ensina a perder.
Todos os dias ao entardecer sento na quele velho banco e olho o sol se pôr, com esperanças tristes de fazer novos planos.
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